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Fotos: Divulgação da presidência colombiana/via Reuters e Reprodução Twitter
A Polícia da Colômbia confiscou 12 toneladas de cocaína, a maior apreensão realizada em uma única operação na história do país, anunciou o presidente Juan Manuel Santos nesta quarta-feira.
“Nunca antes, desde que começamos há mais de 40 anos a lutar contra o narcotráfico, tínhamos feito uma apreensão desta magnitude”, destacou o mandatário à imprensa.
Avaliado em 360 milhões de dólares (R$ 1,17 bilhão), o carregamento pertencia ao Clã do Golfo, principal facção armada do tráfico de drogas, e foi apreendido em uma zona do departamento de Antioquia com o apoio internacional.
“Com essa apreensão superamos a cifra que confiscamos no ano passado: já são 362 toneladas este ano” contra 317 em 2016, comemorou Santos.
Em comunicado, a Polícia detalhou que 400 agentes antinarcóticos invadiram quatro imóveis nos municípios de Chigorodó e Carepa, onde a droga estava armazenada debaixo da terra.
O carregamento pertencia a Dairo Antonio Úsuga, conhecido como Otoniel, o chefe máximo da organização e o homem mais procurado na Colômbia, maior produtor e exportador mundial de cocaína.
O Clã do Golfo surgiu de remanescentes dos grupos paramilitares de extrema direita desmobilizados, em 2006, que foram reconvertidos em traficantes de drogas. Em setembro, Otoniel fez o governo saber de sua intenção de se submeter às autoridades, após quase dois anos de intensa busca policial.
MAIOR PRODUTOR
A Colômbia é o maior produtor e exportador mundial de cocaína, e os Estados Unidos o principal consumidor da droga.
Entre 2014 e 2016 os “narcocultivos” passaram de 69 mil para 146 mil hectares, e a produção subiu de 442 para 866 toneladas, segundo as Nações Unidas.
No mesmo período, o governo colombiano apreendeu o volume recorde de 378 toneladas de cocaína, contra 253 toneladas em 2015.